domingo, 22 de novembro de 2009

Prática de Formação Docente v - LIBRAS




Nas aulas de LIBRAS, a professora Érica nos ensina, de forma muito simples e contextualizando, os sinais básicos.


Para mim a aula de Libras foi uma grande descoberta, pois sempre pensei que nunca conseguiria aprender, e ao mesmo tempo tinha muita vontade para poder trabalhar com crianças especias. Acredito que queira me dedicar a essa área, por acreditar que essa área é muito carente de profissionais competentes, não só na parte curricular, mas também profissionais que se dediquem, e que verdadeiramente gostem do que fazem, com amor, carinho e atenção que toda criança merece.


O que mais me instigou e me deu vontade de aprender foi uma situação que passei no meu estágio no magistério, sempre estagiei sendo contratada, então tinha minha turma fixa, mas sabia o que passava nas outras salas de aula. Na sala do CA, Classe de Alfabetização( como era chamada no Rio de janeiro), atual 1º ano tinha uma menina, chamada Raíssa, tinha uma dificuldade de enorme de aprender a ler e a escrever sem ninguém para ajudá-la, somente com a professora em sala. Depois que a direção percebeu isso e contrataram uma auxiliar ou interprete, o que não é muito comum em sala de 1º ano, pois ao mesmo tempo que era uma auxiliar para professora, ela também sabia LIBRAS. A partir dai, a menina desenvolveu de tal maneira que ninguém acreditou e conseguiu alcançar os objetivos e passar de ano.

Conteúdo e Metodologia da Educação Física


Em nossas aulas com a professora Cristiane percebemos que a aula de Educação Física é muito mais do que uma simples aula prazerosa, onde os alunos se divertem. Tem muito mais coisas envolvidas nessa aula, a psicomotricidade, atividades que auxiliam no desenvolvimento integral da criança, até atividades que ajudam no entendimento de conteúdos em sala de aula e também aprendemos um pouco sobre a história e a evolução do ensino da Educação Física.
Aqui esta um apanhado do que aprendemos nessa matéria esse período.

A Educação Física era meramente uma atividade prática, com exercícios físicos, não fazia ligação com nenhuma outra disciplina, sem se preocupar com o resultado que isso daria. Depois passou a ter maior valor teórico, começou-se a pensar e a enfatizar atividades que desenvolvesse algo, como a psicomotricidade do aluno, que o auxiliará em sala de aula. Atualmente, é feito um trabalho para desenvolver habilidades que serão fundamentais no desenvolvimento desse aluno.
Dentro da Educação Física temos metas a serem desenvolvidas: lateralidade, equilíbrio, tonicidade, relaxamento, percepção espacial, percepção temporal e coordenação motora.
A psicomotricidade ajuda a desenvolver o lado intelectual, afetivo, social e o motor da criança, que vai dar-lhe segurança e equilíbrio, para assim haver o desenvolvimento integral do aluno.
O aluno precisa que seu lado motor seja bem desenvolvido na aula de Educação Física e até mesmo em sala de aula, pois trabalhando todo o esquema corporal, desenvolverá seus movimentos, e seu aprendizado será melhor, terá uma leitura mais harmoniosa, não terá problemas de noção espacial, nem temporal. A união da sala de aula e da aula de Educação Física é a melhor opção para que alcancemos as metas e o desenvolvimento do aluno seja integral.
Uma boa maneira de alcançar essas metas é através das brincadeiras e dos jogos. A brincadeira faz com que o aluno "se conheça", tome consciência do próprio corpo, se relacione com os outros, crie situação e as explore. Quando o aluno esta brincando é a hora de expressar seus sentimentos, de criar "realidades", situações para "viverem". Quando o aluno se depara com essas situações, ele desenvolve, formando a sociabilidade, cria sua autonomia e a formação motora; com as conquistas através do dia-a-dia nas brincadeiras, vão buscando a independência.
A brincadeira também é, para criança pequena, um luto pela perda relativa dos cuidados maternos, encontrando, progressivamente, força e estratégias para enfrentar desafios, como: pensar e agir, assumindo a responsabilidade por seus atos.

Pesquisa


Na aula de Pesquisa a professora Delaine auxilia a gente a construir nossa monografia. Isso vem nos ajudando muito, pois antes dessa matéria, desde o período passado, nós ficávamos muito preocupadas, sem saber por onde começaríamos, e agora já estamos concluindo o segundo capítulo com tranquilidade. Além disso fazemos sempre uma pequena apresentação para turma sobre o que produzimos, assim estamos "treinando" para o dia da banca.
A minha monografia fala sobre as Inteligências Múltiplas de Gardner, o desenvolvimento da criança e um pouco sobre a vida de Gardner.

Inteligências Múltiplas e o desenvolvimento do aluno

•Psicólogo Cognitivo e educacional
•Nascido em Scranton, Pensilvânia
•1961: entra na Universidade de Harvard, para fazer História
•Muda para relações sociais – psicologia, sociologia e antropologia – como interesse maior em psicologia clínica
•1971: termina o doutorado com dissertação em sensibilidade de estilo em crianças
•Cria um grupo de pesquisa em educação pela arte
•Década de 90: desenvolve a teoria das Inteligências Múltiplas (IM), por qual é especialmente conhecido
As Inteligências existentes:
- Inteligência Lingüística: é a capacidade com as palavras. Caracteriza-se pela maior sensibilidade para a língua falada e escrita. Associada à habilidade de se expressar por meio da linguagem verbal, escrita e oral. Habilidade também para lidar criativamente com palavras nos diferentes níveis de linguagem, sensibilidade aos sons, estrutura e significados e funções das palavras e da linguagem. É predominante em oradores, escritor, poetas, advogados, e locutores.
- Inteligência Lógico-matemática: é a capacidade numérica ou a capacidade lógica, abrange a capacidade de analisar problemas, operações matemáticas e questões científicas. Está associada diretamente ao pensamento científico, ao raciocínio lógico e dedutivo, a compreensão de cadeia de raciocínios, além da capacidade para solucionar problemas envolvendo números e outros elementos matemáticos.É mais desenvolvida em matemáticos, engenheiros e cientistas, por exemplo.
- Inteligência Espacial: é a capacidade com as imagens. Expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual de modo minucioso. Está associada ao sentimento de direção, à capacidade de formar um modelo mental e utilizá-lo para se orientar. Percepção com exatidão do mundo visuo-espacial e de realizar transformações nas próprias percepções espaciais. É mais desenvolvida em arquitetos, desenhistas e escultores.
- Inteligência Corporal-Cinestésica: é a capacidade com o corpo, capacidade em esportes, traduz-se na maior capacidade de utilizar o corpo de diversas maneiras, por exemplo, como instrumento de expressão, dentre outros, para a dança. Capacidade de controlar os movimentos do próprio corpo e de manipular objetos habilmente. É mais desenvolvida em mímicos, dançarinos, esportistas, atletas, cirurgiões e mecânicos.
- Inteligência Musical: á a capacidade musical, expressa-se através da habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais, está associada também à capacidade de se expressar por meio da música, ou seja, dos sons organizando-os de forma criativa a partir dos tons e timbres. É mais desenvolvida em músicos e compositores.
- Inteligência Interpessoal: é a capacidade para lidar com outras pessoas, é uma habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros, e, consequentemente, de se relacionar bem com eles. Capacidade de discernir e responder adequadamente aos estados de humor, temperamentos, motivações e desejos de outra pessoa. Encontra-se mais desenvolvida em políticos, religiosos, professores e vendedores.
- Inteligência Intrapessoal: é a capacidade com o eu, significa ter acesso aos seus sentimentos e capacidade de discriminar as próprias emoções e facilidade em reconhecer as forças e fraquezas pessoais. Está associada à capacidade de se estar bem consigo mesmo, de conseguir administrar os próprios sentimentos, de se conhecer e de usar essas informações para alcançar objetivos pessoais. É uma teoria que redefine o que é ser inteligente e o quanto à emoção interfere no desenvolvimento da inteligência. É um novo caminho em busca do equilíbrio entre o intelectual e o emocional, expressa na capacidade de se conhecer. É mais desenvolvida em escritores, psicoterapeutas e conselheiros.
- Inteligência Naturalista: é a capacidade de lidar com a natureza, traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os fenômenos e padrões da natureza. Esta associada à capacidade humana de reconhecer objetos na natureza.Habilidade no reconhecimento e na classificação de numerosas espécies – a flora e a fauna – e do seu meio ambiente. Capacidade para categorizar organismos novos e desconhecidos, apresenta vasto um conhecimento sobre o mundo vivo. É mais desenvolvida em paisagistas, ambientalistas, botânicos e biólogos.

Inteligência estudada:
Existencial - capacidade de refletir, pensar sobre questões fundamentais da existência, aguçada em vários segmentos diferentes da sociedade. Capacidade de situar-se como referência ao alcance máximo do cosmos – o infinito – e a capacidade de situar-se com referência a características existenciais da condição humana como o significado da morte, o destino dos mundos físico e psicológico, e aquelas experiências profundas como o amor por alguém.
•Não é voltada para religião, não defende moral e nenhuma verdade proposta por algum indivíduo ou instituição.
•Na realidade busca responder algumas perguntas feitas pela humanidade desde muito tempo, como: “ Quem somos nós?” e “ Para onde vamos?”.

“ A missão da educação deve continuar a ser uma confrontação com a verdade, a beleza e a bondade, sem negar as facetas problemáticas dessas categorias ou as discordâncias entre diferentes culturas.”
Howard Gardner

Estágio Supervisionado


O estágio para mim está sendo algo extremamente proveitosa, observar quais as dificuldades que as crianças tem e observar como cada um lida com essas dificuldades, me foi uma experiência muito significativa. Está sendo ótimo, pois conheço métodos novos, percebo situações diferentes, formas diferentes de como eu agiria, assim posso perceber falhas minhas em sala de aula, posso aprender com professoras mais experientes, e ao mesmo tempo também posso chegar a conclusão das minhas atitudes corretos, vejo também atitudes que professores ultrapassados tem e que eu não tenho e nem vou ter em sala de aula.
Todas as professoras até hoje foram muito atenciosas e deixaram-me participar das aulas com as crianças e tirando as minhas dúvidas no término da aula.
As crianças “exigem” presença e sentem muito a falta quando não vou. As crianças são muito carinhosas e queriam saber sobre tudo, acredito que as crianças estão muito "carentes" de atenção, conversa e até de amor.
Mesmo já atuando em sala de aula, o estágio esta sendo muito importante para mim, pois consigo perceber coisas que no meu estágio do magistério não percebi, estou aprendendo com a diversidade dos alunos, até mesmo por ter feito estágio em estados diferentes. Percebi que existem características de lugar para lugar. Foi gratificante e ampliou em muita coisa meu conhecimento.
Já dentro de sala de aula estamos realizando um trabalho onde damos aula para as outras colegas da sala, nesse trabalho podemos trocar ideias, percebendo um forma diferente de trabalhar que ainda não havíamos pensado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Literatura Infanto-Juvenil


Em nossas aulas de Literatura Infanto-Juvenil estamos aprendendo muito, não só como alunos aprendendo o conteúdo, mas com uma formação muito mais ampla, mudando nossos conceitos de trabalho e de comprometimento e responsabilidade com o que estamos estudando, e até mesmo com o que estamos cursando.
Esse trabalho teve um "gosto" maior ao ser realizado, acredito que não somente para mim, pois foi algo que ainda não tínhamos feito e que nos deixou um pouco confusas. Mas ao final percebemos que não era nenhum "bicho de sete cabeças" e o concluímos com sucesso.

Uma análise de poesia infantil

Em "Uma análise de poesia infantil", no livro Estudo de literatura infantil: teoria e prática, os autores destacam a importância da poesia no desenvolvimento da criança, citando desde a "hipótese da linguagem do homem primitivo"(p.51) até autores que como "Cecília Meireles e Vinicius de Moraes foram os dois primeiros poetas a produzirem uma poesia especificamente para crianças"(p.52).
No início do texto, os autores apresentam a hipótese do homem primitivo, até mesmo pela falta de nome "para tudo que lhes era apresentado pelo mundo", o novo, então se supõem que se utilizavam aproximações, sendo assim utilizavam "uma característica essencial da poesia: o uso da linguagem metafórica e metonímica"(p.51).
Existe uma grande facilidade das crianças com relação à poesia, pois demonstram isso ao "lidar com cantigas ou mesmo com segmentos rimados"(p.51).
A poesia hoje parte para algo experimentalista, "a arte literária desfruta da liberdade de criação, o que não é característica apenas de nossos dias. A poesia sempre foi livre, mesmo quando, aparentemente, subordinada a regras estreitas de versificação"(p.52). A liberdade é algo imprescindível na poesia, pois mesmo quando devem seguir algum padrão, é preciso imaginar e "voar" em seus pensamentos para que haja uma criação.
Houve muitas mudanças na poesia para crianças, pois antes acriança e a infância até eram temas de poesia, mas não foco para uma poesia, não tinham como leitor. Até que Cecília Meireles e Vinicius de Moraes começaram a produzir poesia focando a criança. "Antes deles, o que havia era o aproveitamento de temas de infância, brinquedos infantis, sem configurar propriamente uma produção para criança. Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Henriqueta Lisboa, Mário Quintana, Sidônio Muralha, João Paulo Paes, Ângela Lago, entre outros, escreveram poesia destinada à infância, dano à linguagem um trabalho inovador, sem, contudo, romper totalmente com a linguagem discursiva, e conferindo á palavra um efeito mágico através da imagem"(p.52).
É claro que a poesia tem um ensinamento, mas o objetivo principal de um autor(um poeta) não é esse, mesmo que haja uma ideologia onde essa poesia é fundada. A poesia demonstra seus ensinamentos através do lúdico e com uma linguagem fácil para que a criança entenda, mas falando sobre assuntos sérios. A criança gosta e se interessa pela poesia pelo simples fato de sentir, gosta porque gosta, sem razão lógica aparente, pode gostar pela sonoridade, pelo assunto, pela linguagem ou pela imagem. A criança tem uma forma de ver e entender o mundo que é toda especial, diferentemente dos adultos, e o que os autores que trabalhem com poesia voltado para criança devem saber é a forma que elas percebem esse mundo. "O grande mérito de Cecília Meireles e Vinicius de Moraes é exatamente o de perceberem que a apreensão do universo pela criança é diferente daquela feita pelo adulto" (p.53).
Para a criança é muito importante a questão do concreto, da visualização, então é preciso tornar a imagem para parte fundamental da estruturação de um poema. Tudo o que envolve esse poema é de extrema importância para que a criança seja cativada, estimulada e não se desinteresse põe essa arte. E para isso é preciso alguns passos, essa criança precisa saber o sentido dessa poesia, é preciso que quem lê para ela saiba dar a intonação certa( seguindo a musicalidade), com pausas e paradas de acordo com o sentido, dando importância ao valor semântico, assim a criança se encantará e facilmente se tornará um leitor.
O poema não deve ser algo que fique vago, ela deverá ter algum sentido, que pode ir do prazer ao surgimento de alguma discussão paralela que é iniciada através desse poema, assim o aluno saberá refletir para além de poema. É preciso que o poema sugira algo para a criança, e o professor deve optar por cada poema de acordo com a situação, para que se possa dar continuidade e construir conhecimentos deversificados com a criança.
Mas infelizmente, ainda ocorre o preconceito por parte dos professores para trabalhar com a poesia em sala de aula. "[...] parte do princípio segundo o qual a poesia é mais difícil e, portanto, menos própria para a infância"(p.51), e não a utilizam como deveria ser, como estímulo e como "ponto de partida para uma discussão paralela, desde que o aluno saiba que a reflexão está sendo feita para além do poema"(p.57-58).
"A natureza infantil com sua brincadeiras, preferências e estados de alma, o ambiente brasileiro acolhedor e campestre, a fugacidade do tempo, a relatividade das coisas, a musicalidade, os jogos sonoros e o ludismo são explorados sob diversos ângulos na lírica ceciliana"(p.56).
"Glória Pondé lembra, entretanto, que não é a suposta simplicidade destes dois poetas um valor em si, porque há muitos autores simples que nada produziram de significativo - o que importa é chegar à criança e ao seu mundo, conhecendo sua realidade"(p.62).

Conteúdo e Metodologia da Matemática


Em nossas aulas de Conteúdo e Metodologia da Matemática com a professora Judite fomos levadas a refletir sobre as ações dos professores ao trabalhar com essa matéria que envolve tantos mitos e medos. Nela refletimos sobre o conteúdo, a forma com que é passado, os materiais que são utilizados, a metodologia do professor, a forma com que avaliam e, principalmente, o quanto e no que evoluímos ao longo de vários anos trabalhando com a matemática.

Nesse trabalho podemos refletir, um pouco, sobre essa evolução...


Reflexão sobre o ensino da matemática
A matemática está em constante desenvolvimento, e é preciso que a educação acompanhe esse desenvolvimento, pois somente assim desmestificaremos-a e conseguiremos mostrar que a matemática não é esse “bicho de sete cabeças” que os alunos pensam, que o que esta faltando é uma boa metodologia quando a ensinamos, para que a aprendizagem seja significativa e motivadora.
Há grandes diferenças com relação ao ensino da matemática de antigamente e da atual, mas esse ensino de antigamente, que chamamos de tradicional, infelizmente ocorre até hoje em muitas escolas do nosso país. Então me referirei a antiga como Tradicional, e a atual como Escola Nova.
Na Escola Tradicional, a aula é expositiva, onde o professor simplesmente passa a matéria e o aluno copia; o professor é o centro, ele é quem define o que é e o que não é importante na disciplina, sem se preocupar com o interesse dos alunos; não integra a matemática com outras matérias, dificultando a contextualização do conteúdo; há a repetição dos exercícios e não o entendimento; há a memorização dos conteúdos e das fórmulas, o aluno não sabe o como vai aplicar aquilo, nem o porque e nem para que esta aprendendo tais conteúdos; não se usa as experiências dos alunos e nem os faz vivenciar; não os estimula, não os motiva, não os desafia; não se dá a oportunidade dos alunos criarem, somente copiam; o professor acredita que a quantidade de exercícios que os fará aprender, e principalmente não aproveita-se o interesse e a curiosidade dos alunos.
Na Escola Nova, o professor é um orientador, mediador do conhecimento, auxilia na construção dele; utiliza situações do contexto do aluno, o que é importante, pois assim a aprendizagem será significativa, pois os alunos vivenciam o que aprendem, além de valorizar os diferentes grupos culturais; os professores criam situações para que haja a aprendizagem; as atividades são lúdicas e usam matérias concretos, como jogos, o que motiva e estimula ; as diversas áreas da matemática são trabalhadas relacionadas, e integram as disciplinas; os alunos trabalham de forma coletiva, um cooperando com o outro, assim trocaram ideias; a resolução de situações-problemas é utilizada como proposta metodológica, o que facilita o entendimento e a interpretação, pois esta incluída em seu cotidiano; usa-se modelos para que o aluno visualize o que esta estudando, conscientizando do conteúdo; usa-se a tecnologia para auxiliar no desenvolvimento, como o LOGO ( programa de computador com linguagem fácil e educativa); e trabalha-se com a curiosidade e o interesse do aluno para fazer com que ele explore de forma mais ampla o conteúdo.
Tanto um ensino quanto o outro tem pontos positivos e negativos, mas precisamos nos lembrar que trabalhar com a Escola Nova nos demanda de maior disponibilidade e tempo, o que não é, na grande maioria, a realidade atual dos professores. Outro ponto que ocorre é a falta de recursos disponíveis para algumas áreas do país, pois nem todos os locais tem recursos, sejam financeiros ou até mesmo de conhecimento para emplementar tal método. Muitos locais também não investem na atualização de seus profissionais, o que dificulta que eles façam cursos, pois com a desvalorização do professor, cada vez mais é preciso que peguemos mais trabalhos para conseguir termos um salário digno, mesmo que com isso, muitas vezes, trabalhemos os três turnos, ficando assim com o tempo restrito para maiores investimentos em nossa formação e em nossa atualização.
Acredito que o ponto positivo do ensino da matemática na Escola Tradicional seja o fato de um maior número de exercícios, apesar de acreditar que esses exercícios devem ser entendidos e não mecanizados; e os pontos negativos, são o fato de o professor não utilizar as experiências dos alunos, não trabalhar com matérias concretos, somente com copias e exercícios no caderno e o fato da memorização do conteúdo.
Já na Escola Nova, os pontos positivos são que utiliza-se as experiências do aluno, contextualizando o conteúdo, ter o professor com mediador e não o professor impondo o conteúdo a ser aprendido, e o fato de criarem e explorarem situações-problemas para que os alunos aprendam com maior facilidade; e os pontos negativos, são que nem todos tem recursos para adquirir tais matérias para esse trabalho e nem todos os alunos entendem essa maneira de trabalhar, acreditando que por construir o conhecimento e por ser de forma mais lúdica, que o trabalho é brincadeira, o que não é.
No meu ponto de vista, o que devemos fazer é utilizar o que nos acrescente no trabalho em ensinar e educar nossos alunos, pois acredito que unindo e utilizando o melhor dos dois ensinos estaremos formando uma metodologia que auxiliará na aprendizagem significativa, sem esquecer de observar a realidade dos nossos alunos, e utilizar materiais concretos e as experiências dos alunos. Assim teremos aulas de matemática mais prazerosas e interessantes, e que ao mesmo tempo não assustam o alunos, quebrando esse medo que a maioria dos alunos tem dessa matéria.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Prática na Creche



Nas aulas de Prática na Creche com a professora Andréa Coelho estamos aprendendo a trabalhar de forma que desenvolvamos cada vez mais e melhor as habilidades das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. Nos dividimos em grupos e cada grupo ficou com um tópico para abordar. O do nosso grupo foi a matemática e todos os seus aspectos.

Na Educação Infantil, os objetivos tem caráter interdisciplinar:
Vivenciar situações onde o uso e a prática social da matemática estejam presentes;
•Interligar as áreas do conhecimento através de estratégias que permitam às crianças desenvolver suas habilidades;
•Ampliar o repertório de situações didáticas propostas pelos professores usando atividades: jogos, literatura infantil, brincadeiras infantis (parlendas, cantigas e advinhas), situações-problemas, exploração de figuras geométricas e construção de gráficos e tabelas, dentre outras.

“ Proposta de trabalho de matemática para a escola infantil deve encorajar a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas relativas a números, medidas, geometria e noções rudimentares de estatística, de forma que as crianças desenvolvem e conservem um prazer e uma curiosidade acerca da matemática.”
Kátia Smole

O trabalho realizado com a matemática deve ter basicamente um aspecto lúdico. É através do jogo, da brincadeira, e conseqüentemente da interação com os colegas que a criança entra em contato com conceitos matemáticos. Trabalhar todo
e qualquer conceito matemático deve estar ligado a exploração dos elementos da realidade do aluno, manipular, explorar livremente os materiais, e sobre tudo, observar os resultados.Proporcionar aos alunos situações desafiadoras que necessitam
a resolução de problemas é fundamental.
O jogo e a brincadeira permitem ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funcionam
Como um laboratório de aprendizagem, permitem ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente APRENDER.

De 0 a 2 anos:
A criança descobre o tato, movimentos, formas, pesos, texturas, sons. Começa a engatinhar, a melhorar a coordenação motora com movimentos exploratórios de abrir, fechar, empilhar, etc. Explorar o corpo e a percepção, trabalhando noção espacial e a quantidade de objetos em torno de si.

De 2 a 4 anos:
É a época da fantasia e da invenção. Simulação de situações-problemas, envolvendo situações do seu dia-a-dia, como distribuir biscoitos, a distância entre uma coisa e outra ( através de passos), etc.

De 4 a 6 anos:
Começa a aceitar regras e compreendê-las, apresenta maior atenção e concentração, interesse por números e seus significados, o grupo que está inserido começa a ter importância.

Operações matemáticas:
Para introduzirmos as operações matemáticas na educação infantil devemos sempre utilizarmos de materiais concretos, que preparam para desenvolver o raciocínio abstrato da criança. Devemos utilizar situações do cotidiano para resolução de situações-problemas, através de operações simples para que haja a iniciação nessa área.

Como lidar com as dificuldades?

•Sendo claro e objetivo para evitar a falta de compreensão;
•Fazer um questionamento por vez, pois nessa fase a criança tem dificuldade em perceber vários aspectos ao mesmo tempo;
•Fazer intervenções em cada hipótese levantada pela criança para que ela possa confirmar ou não suas respostas, assim alcançarão seus objetivos e avançarão em suas descobertas.

“Uma proposta bem desenvolvida incorpora contextos do mundo real, as experiências e a linguagem natural da criança no desenvolvimento das noções matemáticas, sem, no entanto,
esquecer que a escola deve fazer o aluno ir além do que parece saber, deve tentar compreender
como ele pensa e fazer as interferências no sentido de levar cada aluno a ampliar progressivamente suas noções matemáticas.”
Kátia Smole

Esse trabalho que realizamos foi muito enriquecedor, pois pesquisamos as diversas formas de se trabalhar, as várias atividades que podemos realizar e como pode ajudar no desenvolvimento integral dos alunos. Para concluirmos esse trabalho pesquisamos muito e nos utilizamos de textos e conhecimentos de Kátia Smole. Com seus textos sobre a matemática e a Educação Infantil esclarecemos dúvidas e construimos nosso conhecimento.